Quimper
A capital da Cornualha é a mais misteriosa de todas as Franças, história viva do povo bretão. Aqui, antigas tradições são respeitadas e se manifestam no festival da Cornualha, motor que faz o coração de Bretanha bater mais forte.
CONTEÚDO
A HISTÓRIA

Rue du Sallé
Em bretão, Kemper significa confluente. Este nome foi dado pela confluência dos rios Odet, um dos mais belos rios da França, e seus três principais afluentes, o Frout, o Jet e o principal deles, o Steir. É nesta baia que fica a capital da Cornualha. Residência de reis e príncipes, foi fundada pelo rei Gradlon, após a legendária vila de Ys ser engolida pelo oceano. Passou a ser um bispado no ano 500 por Saint-Corentin e se chamava Quimper-Corentin até a Revolução Francesa. Fortificada no século XIII foi, muitas vezes, saqueada. Da fortificação que contornava a cidade, a única torre restante é a Nevet. Mas, Quimper é também, a capital da cerâmica e da renda. Todos os anos, em julho, as festas da Cornualha perpetuam a tradição cantada e dançada do povo celta. Classificada como vila de arte e história, conta com uma população em torno de 110 mil habitantes que caminham por suas ruas estreitas e marcadas pela Segunda Guerra Mundial.
O QUE FAZER
O centro de ajuda ao visitante fica na place de la Résistance. Peça o mapa da cidade e do trajeto dos ônibus.
Quimper é a capital tradicional da Cornualha. Situada a 15 km da costa do Atlântico, é considerada uma boa cidade para se viver, embora seja uma das cidades mais chuvosas da França.
A cidade é bem servida de ônibus, mas uma excelente idéia para explorá-la é alugar uma bicicleta manual ou elétrica e passear pelos seus 250 km de ciclovias.
A empresa “Les Vedettes de l’Odet” oferece passeios pelo l’Odet, permitindo ver os famosos Châteux construídos pela aristocracia francesa(industriais e artista) e as lindas paisagens deste vale. Verificar no centro de ajuda ao visitante.
Vieux Quimper

Torre Nevet
Da fortificação existente em Quimper só resta a torre Nevet, mas é possível ver os vestígios de outras torres, como a tour Fur e a tour du Chatel.

Velha Quimper – rue du Guéodet com suas velhas casas ao pés da catedral.
Primeiramente, o tour começa entre as bordas de l’Odet com a visão dos Châteaux Lanniron (construção do século XVII – aberta à visitação dos jardins) e Poulguinan (construção do século XV e ampliado no século XIX). Por economia, suas antigas casas eram construídas de madeira e argamassa (argila, água e palha) ao invés de pedra.
Continuando a caminhada, chegamos ao centro histórico, com suas casas da idade média, suas mansões e a catedral. Lá, temos os quarteirões mais bem conservados e mais antigos de toda a Bretanha. Veja as ruas Kéréon, Guéodet, du Sallé e outras. Visões que marcam o curso urbano de Quimper.
Cathédrale de saint-Corentin
A catedral e seus vitrais são o principal patrimônio dos habitantes de Quimper. Sua construção iniciou-se em 1240, tendo como base um prédio mais antigo e só foi concluída no século XV. Suas flechas só foram concluídas em 1856 e possuem mais de 75m a partir do solo. Marcada por guerras e construída em etapas, é um resumo do estilo bretão através dos séculos. Classificada como monumento histórico em 1862, foi inteiramente restaurada entre 1990 e 2000. Fica na place Saint-Corentin.

Vitrais representando a lenda de Saint-Corentin na catedral
Diz a lenda que Saint-Corentin realizava, com certa frequência, um milagre. Ele cortava um peixe e esse peixe voltava a ficar inteiro novamente. O peixe era o mesmo todos os dias. Saint-Corentin, também, facilitou a vida de outros santos que tinham que fazer longas caminhadas para buscar água benta em uma fonte. Ele fez aparecer a fonte na frente deles.
Musée des beaux-arts

Musée des beaux-Arts ao lado da prefeitura
Um dos principais museus de arte do oeste da França! Acumula pinturas e desenho de Quimper e outras coleções de pinturas francesas, principalmente do século XIX, italianas, flamenga e holandesa do século XIV até hoje. Fundada em 1864, sua fachada do século XIX contrasta com seu interior , totalmente modernizado em 1993. Fica na 40 place Saint-Corentin em frente à catedral.
Musée départemental Breton

Musée Departamental – fachada sobre o rio Odet.
O museu criado em 1846 pelo Sociedade arqueológica de Finistère, foi instalado no antigo Palácio dos bispos da Cornualha, prédio construído entre o século XVI e XIX. A parte mais antiga é a torre de Rohan, construida pelo bispo Claude de Rohan, no reino de Louis XII. Definido como o museu da sociedade , guarda objetos arqueológicos e artes como, esculturas, vestuário, móveis, cerâmicas e pinturas de Finistère. Fica na 1 – 3 rue Roi Gradlon.
*** Finistère – Literalmente, “o fim do mundo” é a área da Bretanha mais avançada Atlântico adentro.
Musée de la Faïence Jules Verlingue

by Moreau.henri
É um consagrado museu de cerâmica de Finistère. Fica na 14 rue Jean Baptiste Bousquet.
OS ARREDORES (BATE E VOLTA)
Brest – A vila possui um porto natural de águas profundas, servindo de base para submarinos. É também, porto de comércio, porto petroleiro e porto de guerra. A cidade foi quase totalmente destruída ao longo da Segunda Guerra Mundial, mas o bunker foi atacado 80 vêzes e resistiu quase intacto.

Tour Tangue – Brest
No centro da vila, encontra-se a antiga vila fortificada por Vauban – maior parte destruída. Seu château, do século XV- XVI, foi o único prédio a escapar dos bombardeios e é onde hoje funciona a prefeitura marítima. Possui o terceiro centro universitário da Bretanha datado, desde 1968, um centro oceanográfico para exploração dos oceanos: o oceanóplis. Um parque temático baseado na vida marinha é uma das principais atrações de Brest. Nos meses de julho/agosto há uma espécie de carnaval colorido em Brest. Seus moradores apreciam muito os turistas estrangeiros que falam sua língua. Brest fica à 71km de Quimper e a viagem de ônibus dura 01:06hs.

Pedras da era neolítica
Carnac – A cidade é uma importante estação balneária com grandes dunas de areia e pinheiros. 2935 rochas neolíticas foram contadas na vila, algumas delas com mais de 20 m de altura. Uma teoria diz que as rochas marcam pontos de enterro. Carnac fica a 100 km de Quimper e a viagem dura 01:40 h sendo, de Quimper a Auray de TGV, e de Auray a Carnac de ônibus.
SOUVENIRS
Quimper é a cidade da cerâmica e da renda, produzindo a mais popular porcelana da França com fundo branco e muito colorido por cima. As lojas mais populares podem ser encontradas na rue Kéréon e a rue du parc.
François Le Villec – possui peças de cerâmica e tecidos para casa. Fica na 4 rue Roi-Gradlon.
QUANDO ANOITECE
Céili Pub – É um bar celta que acolhe pessoas animadas com muito barulho e música regional.
COMO CHEGAR
Quimper fica a 565 km, a noroeste de Paris, na região da Bretanha . Partindo de PARIS GARE MONTPARNASSE 1 ET 2, o TGV gasta 04:25hs até a estação de Quimper.
Rennes fica a 215 Km de Quimper e a viagem de TGV dura 2:27hs até a estação Rennes.
Nantes fica a 232Km de Quimper e a viagem de TER dura 02:33hs até a estação de Nantes.
QUANDO IR
As chuvas acontecem durante todo o ano, mas no outono/inverno, a média pluviométrica é o dobro da média nacional.
No verão a temperatura oscila entre 19° e 22°.
No período de junho/setembro os portais turísticos organizam caminhadas pela cidade (Circuits de ville) com duração de 90 minutos.
ONDE FICAR
Appart’Hôtel Quimper Bretagne – Terres de France – Este hotel possui apartamentos modernos com cozinha. Fica a 15 minutos de caminhada da estação de trem de Quimper e a 8 minutos a pé da Catedral e do Museu de Belas Artes. Fica na 6-8 rue de Locronan. Diárias a partir de 85 euros.
Mercure Quimper Centre – Localizado no coração de Quimper, em frente à estação de trem e a uma curta distância a pé da Catedral de Saint-Corentin. Os ônibus e a estação de trem estão logo em frente ao hotel. Fica na 21 Bis Avenue De La Gare. Diárias a partir de 76 euros.
Não tem hotel mais barato? Tem.
Campanile Quimper – Com localização central, perto da Estação e do Aeroporto Pluguffan. Fica na 1 – 3 avenue Georges Pompidou. Diárias a partir de 49 euros.
ONDE COMER
Au Vieux Quimper – Crepes são deliciosos e o ambiente agradável. Fica na 20 Rue Verdelet. Menu a partir de 7 euros.
Nova Restaurant – Pratos saborosos, serviço impecável, preço honesto. Fica na 33 rue Aristide Briand. Menu formule (prato + sobremesa) por 20 euros.
Café du Finistère – O café está muito bem localizado. Produtos frescos, regionais e deliciosos. Fica ao lado do Musée des Beaux-Arts na 34 Place Saint-Corentin. Menu a partir de 15 euros.